domingo, 22 de novembro de 2009

Livre Arbítrio

Às vezes faço o que quero,

Às vezes faço o que tenho que fazer.

Boa noite.

Nunca fui (nem pretendo me tornar) um grande fã de Charlie Brown Jr., principalmente por não conseguir me adequar com a imagem de um artista que vive numa eterna pose, querendo parecer (ou aparecer) de uma determinada forma. Este, entretanto, não é o assunto que introduzo por esses versos de uma letra bem inteligente (como muitas) do Charlie Brown Jr.


Essas duas frases podem imprimir um significado muito óbvio. E, de fato, isto ocorre. Mas me chama a atenção a reflexão que pode ser iniciada a partir deste ponto. Você provavelmente conhece, concorda e desfruta do que chamamos de 'Livre Arbítrio', que consta no primeiro verso supracitado. Mas até onde faz-se o que se quer? Como um autor anônimo disse em outro texto, “eis mais uma questão”. Isso é contraposto no segundo verso, que indica implicitamente a existência de algo que interfere no “livre” arbítrio particular que nos cabe, algo que chamo de consequência (o trema não é mais problema, e, não, isso não foi uma rima planejada).


Discorro sobre assuntos sobre os quais nem eu mesmo tenho uma opinião totalmente formada. Ou melhor dizendo, opinião totalmente fechada. Penso enquanto escrevo, por isso não pretendo finalizar isso com uma conclusão com a qual você deverá concordar. Então, partamos do princípio sugerido pela questão: o que é o livre arbítrio perante as consequências?


Você certamente reflete antes de escolhas importantes. Mesmo que seja uma reflexão rápida para uma decisão importante como virar para esquerda para sair da rota de colisão de um ônibus ou uma reflexão longa sobre seu relacionamento com determinada pessoa. São exemplos. Em ambas situações, o que é analisado durante as reflexões? Eu chamaria 'consequência'.


Sim, existe. Sim, influencia fortemente no pensar e agir do ser. Não, não é algo negativo ou ruim. Considere o livre arbítrio uma função, sujeita a coeficientes, variáveis (e demais termos matemáticos dos quais não me recordarei no momento), e mais, isso não interfere apenas no que você faz mas também no que supostamente você quer, numa forma mais tardia, “a longo prazo”.


Não é simples. Não é exatamente lógico. Mas é belo, e gosto do que é belo.


O relógio marca, agora, 00h11 de domingo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lógico

"Não escondo o que faço, porque não faço nada errado.
Se fosse errado (ou eu assim pensasse), eu não faria.

Isto é lógico, e gosto do que é lógico
Porque o que é lógico é mais simples
E o que é mais simples nos poupa de todo o resto.
"

Boa tarde.

Gostaria muito mesmo de que alguém comentasse de que isso tem alguma influência ou que lembra, mesmo que vagamente, Fernando Pessoa. Oh, criança iludida...

Sinto que o que posto aqui ainda não é exatamente o que se possa chamar 'atual', visto que criei o Blog ontem à noite e aqui já vai minha segunda postagem de algo que escrevi há algumas semanas. Acredito no lado positivo disto, no lado positivo que eu enxergo.

Deixo uma recomendação, minha primeira, para quebrar o possível silêncio em que você possa estar mergulhado:

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

'Whatever'

Senhoras e senhores, boa noite.

Confesso que desconheço a vida de um blogueiro (aquele que lê ou que escreve num blog?), mas vamos começar devagar.

A seguir, algumas linhas que escrevi numa noite em que a internet não funcionava e eu de fato não tinha mais o que fazer.

"Consumido pelo tédio de não fazer nada, ansioso para fazer qualquer coisa. Cansado pelo que já faz, esgotado e sedento, adversamente ou não. Quem vê faz sua própria justiça, obedecendo ou ferindo seus próprios preceitos... Quem poderá julgar o que é correto? O que é julgar? O que é correto? Não se sabe ao certo. Whathever.

Por que tamanho medo do ócio? Buscamos o ócio. Poderia ser evitado, mas não é. E por quê? Eis a questão... Eis mais uma questão. Maldita vontade de regredir ao passado, talvez de avançar o futuro. Na verdade, vontade apenas de sair de onde estamos no tempo e no espaço. O aqui e o agora são terríveis, maléficos, por vezes dolorosos. Há tanta coisa que pode ser feita, ser dita, sentida. Mas não agora. Poderia ter sido antes, poderia. Nos resta o futuro, apenas. O imenso e breve, longíquo e tão próximo futuro. Eis que já chega agora e quando mal se nota já é passado. A vontade é tamanha de te encontrar... Não sei ao certo o que quero, sei que quero e quero muito. Sinto tanto essa falta, essa saudade estranha. Espero poder saciá-la um dia. Um dia não, tão logo for possível. É o que quero. É o que necessito. Não sei por que não busco."