sexta-feira, 2 de abril de 2010

3ª Idade


Talvez eu nem precisasse de muito dinheiro, só o suficiente para viver bem. Uma casa com uma varanda em que haja espaço para duas cadeiras (de balanço?), uma rede talvez, não muito mais que isso. Que fosse virada de frente para o sol da manhã, onde eu poderia sentar e ler o jornal todo dia bem cedo, enquanto tomo minha sagrada xícara de café.

Uma vista para um quintal, talvez gramado, com um pequeno jardim, pequeno o suficiente para que eu mesmo pudesse cuidar. Algum lugar confortável à sombra onde meu cachorro, também velho, repousasse. Algumas pequenas árvores, umas frutíferas e outras não, onde bandos de pássaros pousariam no começo de cada manhã e também nos fins de tarde. Um ar fresco que me entraria pelas narinas e inundaria meus pulmões prazerosamente, me entorpecendo com o frescor da natureza.

Um silêncio incomum às grandes cidades, quebrado apenas pelo som surdo da brisa fresca, de crianças que passam de bicicleta em frente ao portão ou da porta de se abre para uma linda senhora idosa sair.

Apaixonada.

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3 comentários:

  1. Nooos, não sabia que você, que é do tempo que a Dercy era novinha, conhecia tais tecnologias tão avançadas para o seu tempo. Quem diria que o Victor conhece a cadeira de balanço?!

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  2. De verdade? Talvez a gente nem precisasse de nada disso.
    Talvez, a gente só precisasse ser feliz e ter alguém com quem dividir essa felicidade.
    talvez, talvez, talvez...

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